Não é por acaso que existe no concelho de Barcelos uma freguesia chamada Panque. E um puto de um galo de crista colorida bem levantada inventado por surrealistas do barro. Somos mais sofisticados do que pensamos. Antes do Johnny Rotten se ter lembrado de dizer que era anarquista já a Rosa Ramalho criava demónios para os delírios surrealistas anti-regime do Cesariny. E o Afmach já incendiava guitarras imaginárias em golpes de cabedal artístico muito antes do Syd Vicious atirar perdigotos para o microfone. Também não é por acaso que os Glassglue, oriundos de Londres e descendentes de um “pós-panque” dos The Birthday Party (tempos de Nick Cave sem piano), pisam terras barcelenses (e lusas, e terrestres) pela primeira vez. Nem é por acaso que uma banda barcelense (Green Machine), seguidora da seita “panque rock” dos The Vicious Five, toca pela primeira vez no Subscuta (e no programa de rádio com o mesmo nome, na “frequency” do costume). De Panque poderemos não ter tudo mas… Nada é por acaso. Nada. Nada. Nada. Boas férias.
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